Atletas paralímpicos: cuidados nutricionais

A cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 será nesse domingo, 21 de agosto de 2016. Mas isso não significa que já estamos nos despedindo das competições e emocionantes conquistas realizadas pelos nossos atletas. Do dia 7 a 18 de setembro nosso país estará sediando os Jogos Paralímpicos. Os jogos contarão com a presença dos atletas paralímpicos que irão representar o Brasil.

Nos Jogos, 4350 atletas com paralisia cerebral, deficiência visual, lesão medular, amputações ou outras deficiências competirão em 23 esportes. O Brasil foi 7º colocado no quadro geral de medalhas nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012. A previsão em 2016 é que seja ainda melhor. Assim como com os atletas Olímpicos, o acompanhamento da alimentação dos atletas paralímpicos é essencial. Pode ajudar no desempenho durante as provas, na recuperação no dia a dia dos treinos, prevenindo lesões. Além disso, permiteque o atleta esteja em suas capacidades máximas no dia da competição.

Ao planejar a alimentação de um paratleta deve-se considerar o esporte praticado, a carga de treinamento, suas características físicas. Diferente do atleta olímpico, deve-se considerar sua deficiência e o grau de comprometimento da mesma. Atletas, no geral, têm suas necessidades nutricionais aumentadas em decorrência da carga de treinamento. A deficiência pode aumentar ainda mais essas necessidades ou diminuir, dependendo da capacidade de locomoção do atleta.

É o principal combustível para a produção de energia durante as atividades físicas. A quantidade deve ser muito bem adequada ao volume, duração e intensidade das sessões de treinamento. As principais fontes desse nutriente na alimentação dos atletas são: Arroz integral, pão integral, tubérculos, macarrão integral, aveia, frutas e sucos naturais de frutas. Em longas sessões de treinamento, pode ser necessário o consumo desse nutriente durante o treino. Nestes casos, são utilizados suplementos, como a maltodextrina ou uma bebida isotônica.

Importante na recuperação do músculo após a atividade física. Auxilia no ganho de massa magra, principalmente em atletas de força e explosão, e na manutenção das funções normais do organismo. As principais fontes desse nutriente na alimentação dos atletas são: Ovos, carnes, peixes, frango, leguminosas e suplementos proteicos como o Whey Protein.

É incentivado o consumo de gorduras boas. Estas gorduras são essenciais para nosso organismo pois participam de nossa regulação hormonal. Alimentos fontes principais: Azeite, abacate, castanhas e outras oleaginosas. O consumo de gorduras ruins, como as gorduras saturadas, hidrogenadas e trans, presentes em frituras e alimentos industrializados deve ser desencorajado.

O consumo de água deve ser controlado para garantir a hidratação do atleta. É importante que o atleta chegue hidratado para cada sessão de treinamento, e que durante e ao final dela reponha a água perdida através do suor. O consumo de bebidas isotônicas e repositores hidroeletrolíticos pode ser necessário. O protocolo de hidratação precisa se adequar ao clima local, horário e temperatura do ambiente em que os treinos são realizados. No caso de atletas com lesão medular, o acompanhamento da hidratação se torna mais importante ainda, pois são uma população com risco aumentado para infecções do trato urinário e podem ter a termo regulação corpórea comprometida.

Acompanhem nossos atletas nos Jogos Paralímpicos! Saiba que por trás de cada conquista, existe o trabalho de diversos profissionais como treinadores, preparadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, médicos. Além de todo esforço e dedicação dos atletas, que têm que superar todos os dias as dificuldades de suas deficiências e a rotina dura dos treinamentos para se tornarem Campeões!

Por Nutricionista Esportivo Ana Carolina Ragugnetti