Muitas gestantes tem receio de praticar exercícios. Outras já não tinham o hábito de praticar exercícios antes da gestação, e permanecem sedentárias na gravidez.  O exercício físico na gravidez, quando adequadamente prescrito, pode promover diversos benefícios.

Benefícios do exercício físico na gravidez

  • a melhora na qualidade de vida da mãe e feto
  • prevenção de doenças (como diabetes melito gestacional e hipertensão)
  • diminui intercorrências médicas
  • ajuda no controle do peso
  • redução da ansiedade
  • prevenção e/ou redução de dores posturais
  • prevenção de parto pré-maturo
  • ajuda a preparar e facilitar o parto
  • auxilia na sua recuperação.

Estes são alguns dos benefícios mais importantes. Mas de maneira geral, o objetivo deve ser de que feto e mãe se integrem.

Todas as gestantes podem fazer exercícios?

Somente após avaliação e autorização médica, a futura mamãe pode dar início à atividade física. O exercício físico na gravidez deve ser ajustado de acordo com os sintomas, os desconfortos e as potencialidades da mulher durante a gestação. Normalmente, para mulheres sedentárias, a liberação do ginecologista-obstetra para a atividade física só deve acontecer após o primeiro trimestre de gestação. Isso porque este é o período no qual o risco gestacional é maior.

Qual a frequência ideal para treinos?

Os estudos sugerem de 3 a 4 vezes por semana, pois observou-se que a frequência é um determinante do peso ao nascer. Caso o ginecologista-obstetra não contra indique, as mulheres com IMC abaixo de 25kg/m podem iniciar com atividades de intensidade moderada. Já as com IMC maior ou igual, devem iniciar com intensidade leve. O período de sessão de treino deve iniciar com 15 minutos, aumentando gradativamente até 30-40 minutos.

Qual exercício praticar?

É interessante que essas atividades sejam dinâmicas e rítmicas, como caminhar, pedalar e nadar. Devem evitar exercícios que diminuam o equilíbrio ou que possam causar traumas.
O treinamento de força tem extrema importância. Deve abranger os principais grupos musculares, de maneira equilibrada, mas a carga nunca pode ser exagerada, e não deve-se chegar à fadiga. Os músculos do assoalho pélvico precisam ser enfatizados, com especial atenção ao músculo períneo (o que segura o xixi). Mas com adequada periodização, pois ele já está sendo sobrecarregado com a sustentação da placenta e do feto.
Além disso, o alongamento irá proporcionar relaxamento à gestante pelo aumento de peso de seu corpo e à sobrecarga de alguns músculos e articulações que eram menos exigidos antes da gravidez. No entanto, o cuidado com a amplitude de movimento é imprescindível. Isso porque há o aumento da produção dos hormônios estrogênio e relaxina, que são responsáveis pelo relaxamento do tecido conjuntivo, tais como tendões e ligamentos.
Portanto, o que pode parecer uma flexibilidade aumentada, na realidade é uma frouxidão temporária, que pode fazer com que a gestante tenha maior facilidade em ter um estiramento ou entorse, e sua menor sensibilidade proprioceptiva pode fazer com que se alongue em excesso.

Últimas considerações…

  • A hidratação é absolutamente importante!
  • A temperatura de uma gestante é maior que a de um indivíduo normal. Então deve-se atentar para não ter hipertermia.
  • Exercício físico em ambiente quente e úmido deve ser evitado!
  • A alimentação também deve ser adaptada na gestação, pois há um aumento do dispêndio de cerca de 300kcal/dia.

Obedecendo todas às recomendações para a  atividade física para a gestante, a atividade física será segura e muito saudável para mamãe e bebê!