Existem vários tipos de suplementos diferentes que podem auxiliar no emagrecimento. Os mais comuns são os termogênicos. Mas existem outros suplementos que podem dar um suporte no tratamento através de outros mecanismos, como o whey protein ou ômega-3 por exemplo.

Mas tenha cuidado! Pois a dosagem de qualquer tipo de suplemento deve ser individualizada, e não são todos que tem fazem efeito de maneira significativa.

Abaixo vamos descrever um pouco sobre os termogênicos e suplementos para emagrecer.

Para que dessa forma você conheça um pouco mais sobre como eles atuam e de que forma podem contribuir ou não.

Termogênicos

O suplemento termogênico ajuda a emagrecer através de mecanismos diferentes: reduzindo o apetite, reduzindo a absorção de gordura, e aumentando a queima de gordura.

Abaixo vamos abordar sobre as principais substâncias termogênicas que fazem parte da composição de fórmulas e produtos para emagrecer mais utilizados na atualidade.

1. Cafeína

É uma das substâncias mais utilizadas como termogênico. Está presente naturalmente no café, chá verde e chocolate amargo. O suplemento de cafeína a muito tempo é utilizado por quem quer emagrecer.

A cafeína atua estimulando o sistema nervoso central por diversos mecanismos fisiológicos. Ela pode influenciar também no gasto energético diário e na ingestão calórica diária. No entanto, o consumo por tempo prolongado da substância, pode causar tolerância aos seus efeitos, ou seja, ela pode parar de fazer efeito depois de certo tempo de uso.

Portanto, para quem quer emagrecer a cafeína pode dar aquele empurrãozinho nos resultados. Mas é importante se atentar a dosagem de cafeína. Dificilmente 1 xícara de café consumida no café da manhã terá cafeína suficiente para promover perda de peso. Por isso, na maioria dos casos, a melhor opção é usar suplementação. Através dos suplementos é possível utilizar as dosagens adequadas para estimular a termogênese. Mas cuidado! Apenas um nutricionista ou médico são capacitados para ajustar as dosagens para cada caso. Dosagens elevadas podem ter efeitos colaterais, como insônia, palpitação, ansiedade, dores de cabeça, agitação ou vertigem.

2. Chá verde

É um ingrediente muito popular e está presente em vários suplementos para emagrecer. Apresenta ação antioxidantes e termogênica, auxiliando na queima de gordura, principalmente na região abdominal.

O extrato de chá verde atua aumentando a atividade da norepinefrina que é um hormônio que ajuda na queima de gordura. De maneira geral, o consumo do extrato de chá verde é bem tolerado. E não apresenta efeitos colaterais tão pronunciados como a cafeína. É uma substância com ação diurética, por isso a pessoa pode fazer mais xixi após seu uso.

O chá verde pode ser consumido em cápsulas ou na forma de chás. Se a pessoa optar pela infusão, dê preferência pela erva seca que é encontrada em lojas de produtos naturais ou feira. Os chás de sachê disponíveis nos supermercados, ou até mesmo os de caixinha, não preservam os compostos benéficos da erva do chá verde.

3. Garcinia Cambogia

É uma substância natural de origem africana. Ela é capaz de inibir uma enzima que produz gordura no corpo e aumentar os níveis de serotonina, ajudando a reduzir o desejo por comida. O seu efeito principal é de auxiliar no controle da compulsão por comida.

Pesquisas indicam a perda de peso modesta, com o uso deste suplemento. Não há relatos de efeitos colaterais graves, apenas problemas digestivos suaves.

4. Capsaicina

A capsaicina é uma substância presente em maior quantidade na pimenta vermelha. Possui efeitos positivos no controle do peso. Dentre os efeitos biológicos, um deles é o aumento na termogênese, provocando maior produção de calor no organismo e  elevando o gasto energético. Estas substâncias também são capazes de aumentar a oxidação de lipídios, que é a queima de gorduras, ajudando no emagrecimento.  Além disso, estudos apontam uma influência destes compostos no apetite, estimulando a saciedade após as refeições.

A capsaicina pode ser utilizada através de suplementos em cápsulas ou até mesmo via alimentação. Mas lembre-se que a quantidade é relevante. Para fazer um efeito termogênico significativo, é preciso consumir alimentos fontes de capsaicina com frequência na alimentação.  As principais fontes de capsacina são a pimenta vermelha e pimentão. Pode ser utilizada em preparações como molhos, carnes ou patês.

5. CLA

Foi um suplemento para perda de peso muito popular durante anos. É um tipo de gordura encontrada em queijo ou manteiga. O mecanismo de ação do CLA é estimular o metabolismo e a degradação de gorduras.

No entanto, este suplemento pode causar vários efeitos colaterais. Dentre eles termos o aumento da resistência à insulina, formação de gordura no fígado e aumento da inflamação. Por conta disso o seu consumo não é aconselhado.

Suplementos proteicos

O consumo de proteínas em dietas para emagrecer é muito importante. As proteínas são nutrientes capazes de estimular um maior gasto energético. Além disso os alimentos proteicos estimulam a saciedade, consequentemente, a pessoa passa a consumir menos calorias no dia.

Dentre os suplementos proteicos que podem ser utilizados o mais comum é o whey protein. Mas pode-se encontrar também as proteínas vegetais como a proteína de ervilha ou de arroz. Incluir os suplementos proteicos é uma maneira prática para aumentar a ingestão proteica diária.

Os suplementos proteicos além de estimular os hormônios da saciedade, auxiliando no controle da ingestão calórica, podem apresentar efeito positivo no aumento da taxa metabólica basal e na queima de gordura. A grande vantagem destes suplementos é a praticidade, e por isso são alternativas para os lanches intermediários, independente se a pessoa pratica exercícios ou não.

Além disso, os suplementos proteicos podem ajudar a prevenir a perda de massa magra. Processo que pode acontecer em um programa de emagrecimento. Perder massa magra é ruim para quem quer emagrecer, pois pode deixar o metabolismo mais lento.

Ômega-3

O ômega-3 é um tipo de gordura conhecida por apresentar benefícios à saúde e prevenir doenças. Dentre seus benefícios, o que se destaca é a sua propriedade anti-inflamatória, e por isso é capaz de auxiliar no controle do colesterol e triglicérides, auxilia no controle da pressão arterial e previne doenças do coração.

O ômega-3 pode ajudar no tratamento da obesidade, mas não influencia diretamente na queima de gordura. Por conta da sua ação anti-inflamatória, este tipo de gordura ajuda a combater a inflamação provocada pela obesidade e doenças metabólicas associadas. Portanto, ele pode ajudar de uma forma indireta no processo de emagrecimento.

Os ácidos graxos ômega-3 são encontrados principalmente nos peixes, como salmão, atum, sardinha, bacalhau. Podem ser encontrados também em alguns cereais como semente de linhaça ou chia, nas castanhas ou nozes, e no azeite. Recomenda-se o consumo regular destes alimentos para melhorar o fornecimento deste tipo de gordura na alimentação.

Para muitos brasileiros, garantir um consumo frequente de peixe é complicado, por ser um tipo de carne mais cara e por ser mais trabalhoso na hora do preparo. Por isso, a suplementação de ômega-3 pode ser uma alternativa para alcançar mais facilmente as recomendações deste nutriente.

Óleo de coco

Em 2017 Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) publicou uma posição a respeito do uso de óleo de coco. Segundo a ABRAN, o óleo de coco não deve ser prescrito como coadjuvante do tratamento de obesidade, para doenças neuro-degenerativas, como nutriente antimicrobiano e como imunomodulador. Muitos ainda tomam o óleo de coco com objetivo de emagrecer.

A posição da ABRAN contribui bastante para desmistificar que o óleo de coco é um alimento milagroso. Afinal isso não existe! Mas isso não quer dizer que agora ele seja o grande vilão da história! A imprensa leiga, muitas vezes, classifica os alimentos como ‘proibidos’ e ‘permitidos’. Isso é um grande erro, pois o mais importante é o equilíbrio que deve existir na alimentação.

O óleo de coco contém 80% de gordura saturada. Por conta disso, o consumo deve ser controlado, pois sabe-se que o consumo excessivo de gorduras saturadas pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Isso porque pode provocar aumento do colesterol ruim. O óleo de coco pode fazer parte de uma alimentação saudável, desde que consumido com moderação.

A melhor forma de consumir o óleo de coco é utilizá-lo como fonte culinária. Isto é, substituindo-o pelo óleo de cozinha. Mas não substitua por completo! Existem óleos que também tem boa composição nutricional. Outros tipos de óleo são ótimas opções para preparações culinárias, como o azeite, por exemplo.

Agora, se você acha que você vai emagrecer tomando uma colherada de óleo de coco cru ou em cápsula, você com certeza não terá sucesso!

 

Clínica de Nutrição Esportiva Tainá Carvalho