O exercício físico e depressão estão relacionados, pois a atividade física tem papel importante no combate à depressão. Isso porque ela atua aumentando a quantidade hormônios do bem-estar.

Leia tudo sobre exercício físico e depressão nesse post.


Depressão

Exercício físico e Depressão

Exercício físico e controle de estresse

Qual o melhor exercício para depressão?


Depressão

Diferente de quando estamos tristes por algum motivo específico, a depressão é uma doença psiquiátrica que causa alterações negativas do humor.

Normalmente é caracteriza por tristeza profunda, dor (não física, mas sim, psicológica), perda de energia e fadiga, desesperança, baixa auto estima, dificuldade de concentração, sentimento de culpa excessiva e distúrbios do sono e apetite.

A depressão ocorre devido à alteração na quantidade de  neurotransmissores; eles são moléculas que transmitem mensagens de um neurônio a outro, e estão presentes no corpo todo.

Menor quantidade de neurotransmissores diminuem a velocidade de transmissão nervosa, o que causa os sintomas de tristeza, inibição e desmotivação, tão característicos da depressão.

Ela pode ocorrer por: predisposição genética, baixo nível de atividade física, ganho de massa gorda, sono insuficiente, estresse e existência de outras doenças.

Exercício físico e Depressão

O exercício físico tem papel importante no combate à depressão pois atua aumentando a quantidade de neurotransmissores, portanto acelera a velocidade de transmissão nervosa, levando a pessoa ao estado de alegria e euforia.

Diferente de um medicamento para a depressão, esse aumento na quantidade dos neurotransmissores só perdura por, em torno de, uma hora a uma hora e meia após o fim da sessão de treino. No entanto, o exercício potencializa o efeito do fármaco!

Exercício físico e controle de estresse

O estresse é um potencial causador da depressão, pois o excesso de produção do hormônio cortisol faz com que a transmissão nervosa fique mais lenta, além de inibir a neuroplasticidade (capacidade de produzir novas conexões nervosas).

Felizmente, o exercício físico também aumenta a liberação do fator de crescimento vascular cerebral (BDNF) que, em elevados níveis no sangue estimulam a ativação da neuroplasticidade.

Qual o melhor exercício para depressão?

Embora qualquer atividade física seja benéfica para o tratamento da depressão, treinos de intensidade moderada são, cientificamente, os mais recomendados. Isso significa entre 64 a 76% da frequência cardíaca máxima (FCmáx), para um treino aeróbio.

É possível calcular indiretamente a FCmáx subtraindo a idade de 220, por exemplo: Se o indivíduo tem 30 anos, então sua FCmáx é de 220 – 30 = 190 batimentos por minuto (bpm). Utilizando a porcentagem recomendada para o treino moderado, esses valores seriam de 121 a 144bpm.

No entanto, se há dificuldade em mensurar a frequência cardíaca durante o treino, é possível utilizar uma escala de percepção subjetiva de esforço (esta também pode ser utilizada para treinamento de força, como a musculação, por exemplo).

Sendo de 0 a 10, considerando como 0 nenhum esforço e 10 um cansaço extenuante, impossível de se manter por muito tempo. Uma nota entre 4 e 6 seria correspondente a um treino moderado.

Leia também: Benefícios do exercício vigoroso

Outros benefícios do exercício

Vale salientar e relembrar que o exercício físico não vai atuar exclusivamente apenas contra a depressão, mas também poderá evitar ou ajudar a tratar outras doenças que podem ter influência negativa na recuperação desse transtorno depressivo.

Além do mais, todos os efeitos colaterais do exercício físico são positivos, melhorando a saúde de forma global!


Por Personal Trainer Jennifer Áquila

NOTA SOBRE O AUTOR:
A personal trainer Jennifer Áquila, CREF 062048-G/SP, é bacharel em Educação Física pela UNESP – Rio Claro. Especializada em Fisiologia do Exercício pelo CEFE – UNIFESP e, em Biomecânica do Exercício pelo CEFIT.